O partido FNLA vai apostar, nos próximos dias, na reestruturação do partido a nível nos municípios, com vista a fazer face aos desafios que se avizinham, em particular as eleições autárquicas e gerais.
A informação foi avançada neste sábado, à imprensa, pelo secretário-geral do partido, Aguiar Laurindo, adiantando que a FNLA vai priorizar igualmente uma liderança participativa, para o crescimento da organização.
De acordo com o político, que falava no final de um seminário sobre as autarquias, promovido em alusão ao 59º aniversário daquela partido, a aposta na reorganização das estruturas de base visa dar sustentabilidade para a afirmação interna da organização.
“Estamos comprometidos em alcançar resultados positivos nos próximos pleitos eleitorais, por isso vamos reestruturar as nossas organizações de base. Este 59º aniversario é motivo de orgulho e satisfação, no sentido de reflectirmos sobre os desafios que o partido se propõe atingir”, salientou.
Em relação ao seminário, o responsável justificou que o tema “Autarquias locais” é actual e bastante candente para sociedade, razão pela qual o partido procurou abordar com vários especialistas.
Durante o seminário, os participantes abordaram o conceito de eleições autárquicas, a sua organização, o gradualismo, entre outros.
A FNLA nasceu da União dos Povos do Norte de Angola (UPNA), fundada em 1954, na vila portuária de Matadi, então Congo Belga, hoje República Democrática do Congo.
Em 1958, a UPNA adoptou a designação de União das Populações de Angola (UPA). Em 1962, a UPA e um outro grupo anti-colonial , Partido Democrático de Angola (PDA), formaram a FNLA.
A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas da guerra anti-colonial de 1961 a 1974, tal como o MPLA e a UNITA.
Foi o primeiro movimento de libertação a ser reconhecido internacionalmente durante a conferência da Organização de Unidade Africana (OUA), presentement União Africana (UA), em Addis-Abeba (Etiópia), em 25 de Maio de 1964.
A sua influência política no país tem estado a decair desde 1992, altura em que Angola realizou as primeiras eleições multipartidárias. Desde a morte do seu presidente, Álvaro Holden Roberto, em 2007, o partido tem perdido peso político devido a constantes mudanças de liderança.
