Domingo, 29 de Junho, 2025

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Mortes por malária aumentam no Cuanza Norte

Trezentos e 44 óbitos por malária foram registados de Janeiro a Dezembro de 2020 na província do Cuanza Norte, mais 139 casos em relação ao mesmo período de 2019.

Esta informação foi prestada hoje, segunda-feira à Angop, na cidade de Ndalatando, pelo supervisor local do Programa de Luta Contra a Malária, Gonçalo Tandala, tendo referido que no período em análise as autoridades sanitárias registaram 397 mil 561 casos da doença, um aumento de 180 mil 455 registos comparativamente ao período homólogo de 2019.

Apontou o incumprimento das medidas preventivas da doença e a procura tardia pelos serviços de saúde como as principais causas do aumento dos casos e de mortes por malária na circunscrição.

Caracterizou a situação preocupante na região e indicou os municípios de Cazengo, Cambambe, Lucala, Samba-Cajú, Golungo-Alto e Ambaca, como os mais endémicos devido as características geográficas destas zonas, marcadas por matas densas e clima chuvoso, que favorecem a reprodução de mosquitos.

Disse estar apreensivo com a acção de empreiteiros envolvidos na exploração de inertes, que escavam a terra para a extracção de rochas, criando covas onde se acumulam águas das chuvas, transformando a área num local favorável à reprodução de mosquitos.

Acrescentou que a situação agrava-se ainda mais devido a paralisação, há mais de dois anos, do Programa de Combate às Larvas dos Mosquitos na circunscrição.

Reprovou a atitude de certos cidadãos que usam os mosquiteiros para a prática da pesca, vedação de hortas, transporte de frutas e conservação de alimentos, tendo sublinhado que esse material serve exclusivamente para a prevenção e combate ao paludismo.

Este comportamento, asseverou, representa risco para a saúde humana, pelo facto dos mosquiteiros estarem impregnados com insecticidas, químicos que podem contaminar os alimentos.

Fez saber que, para inverter o actual quadro, as autoridades sanitárias da província do Cuanza Norte estão empenhadas no reforço da formação de profissionais da saúde em relação ao diagnóstico e tratamento de casos de paludismo.

As autoridades sanitárias, acrescentou, estão a realizar campanhas de sensibilização dos cidadãos para o uso correcto dos mosquiteiros, assim como procedem a distribuição de anti-palúdicos pelas unidades de saúde.

Em 2020, as autoridades da Saúde do Cuanza Norte distribuíram 31 mil 357 mosquiteiros a mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos.

A província do Cuanza Norte, composta por dez municípios, está situada no estremo Noroeste de Angola, localizada a 190 quilómetros de Luanda, capital do país.

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