O exército do Camarões refutou nesta segunda-feira (11) as acusações feitas por veículos de imprensa locais e ONGs de ter matado civis durante uma operação na região anglófona do sudoeste do país, assegurando que os mortos eram “terroristas”.
O porta-voz do Exército, Cyrille Serge Atonfack Guemo, disse, no entanto, num comunicado que “foi ordenada uma investigação detalhada para descobrir todos os detalhes” dos acontecimentos de domingo.
Durante uma incursão “preventiva” contra “posições dos grupos terroristas” em Mautu, no sudoeste do país, “indivíduos armados (…) abriram fogo imediatamente” contra os soldados, que “lhes infligiram uma resposta apropriada”, disse Atonfack.
“Vários terroristas foram neutralizados, outros (foram) feridos ou fugiram”, acrescentou.
Depois da operação, publicaram-se nas redes sociais imagens que diziam ser de vítimas civis.
Embora até agora não se tenha verificado, nem datado nenhuma delas, algumas ONGs e veículos locais afirmaram que os soldados “massacraram” dez civis, entre os quais estavam uma mulher e uma criança, sem citar provas.
As regiões do noroeste e do sudoeste do Camarões, povoadas na maioria por uma maioria de fala inglesa, têm sido por mais de três anos palco de um conflito sangrento entre grupos armados que lutam pela independência e forças governamentais.