Sábado, 28 de Junho, 2025

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Falta de investimento na origem do défice de água em Luanda

O presidente do conselho de administração da EPAL, Fernando Cunha, disse que o défice de cobertura de água na cidade capital, deve-se a falta de investimento no setor.

Fernando Cunha que falava, esta segunda-feira, em entrevista a TVZimbo, disse que o último investimento estruturante feito no setor aconteceu em 2003, quando se construiu a estação de tratamento do Luanda Sudeste.

Segundo o gestor, o setor tem um atraso de 17 anos no que concerne a investimentos.

Questionado sobre o que devia ser feito para inverter esse quadro, Fernando Cunha respondeu dizendo que esta situação só será ultrapassada se forem feitos os investimentos necessários.

“A inversão deste quadro passa por investimentos. Na verdade, é preciso fazer investimentos em água”, disse salientando o projeto “Bita”, orçado em cerca de 910 milhões de dólares, “que já está atrasado por falta de financiamento”.

“Até ao momento ainda não se fez nenhum investimento. Está-se somente a fazer os estudos e pensamos que possivelmente em março se defina o arranque do Bita”.

Questionado sobre a atual capacidade de produção de água na cidade capital, gestor respondeu que Luanda tem atualmente uma capacidade de 550 milhões de litros de água por dia, muito aquém das reais necessidades, que é de 1.5 milhões de litros por dia.

“A capacidade de distribuição da EPAL é de 75 por cento, muito aquém das expectativas da empresa”, disse Fernando Cunha.

Segundo o gestor, a província de Luanda conta, atualmente, com 12 postos de abastecimento, em que os principais são Kifangondo, Luanda Sudeste, Calumbo, Bita e Bom Jesus.

Relativamente ao constrangimento no fornecimento de água ao Hospital David Bernardino, Fernando Cunha disse ter se tratado de atrasos verificados na conclusão de trabalhos no centro de tratamento de Kifangondo.

“Houve um trabalho que devia ser realizado em 24 horas, mas estendeu-se para 48, afectando o abastecimento de parte sul da zona de Luanda, mas a situação já está normalizada”, informou.

Adiantou que algumas alternativas estão a ser desenhadas, em termos de projectos, para que situações do género não voltem a acontecer, referindo que está a ser feito um trabalho em paralelo no Hospital Josina Machel, que recebia àgua alternadamente e neste momento tem um ramal que oferece àgua 24/24.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da EPAL, o mesmo será feito no Hospital David Bernardino, sendo que os trabalhos terão uma duração máxima de até uma semana.

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