O projeto de exploração de petróleo na bacia da província do Namibe foi discutido, segunda-feira, na cidade de Moçâmedes, entre o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e membros da sociedade civil da região.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, garantiu que só se vai avançar para exploração petróleo na bacia do Namibe, depois de observadas as medidas que salvaguardem o meio ambiente e o bem-estar da população.
Para tal, ressaltou, decorrem programas de estudos de impacto ambiental e consultas públicas para recolha de contribuições dos munícipes para se realizar o trabalho de exploração de petróleo seguro e benéfico para todas as partes.
Disse que durante as consultas públicas serão recolhidas contribuições de ambientalistas, pescadores, biólogos, económicos, entre outros especialistas para se avaliar as vantagens e desvantagens do referido projecto, que se encontra na primeira fase de implementação, das três previstas.
Referiu que os estudos e as consultas públicas visam evitar, minimizar e adopção de medidas compensatórias em caso de eventuais riscos de carácter ambiental, físico, biológico e socioeconómico causado pela exploração de petróleo.
“É natural existir preocupações por parte da população que devem ser expostas e debatidas, em espaços como estes, de forma educada e construtiva. O nosso país possui recursos minerais que devem ser geridos de forma racional”, ressaltou.
Segundo o governante, a presumível extracção de petróleo na bacia do Namibe vai ajudar a alavancar o sector socioeconómico da circunscrição devido o aumento de postos de empregos, construção de infra-estruturas e instalação de bases logísticas de suporte às operações petrolíferas.
O encontro contou ainda com a participação do presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulo Jerónimo, e de outros responsáveis do sector.
O litoral angolano é composto pelas bacias sedimentárias do Namibe e dos rios Congo e Kwanza. Mas até ao presente momento, só as bacias do Congo e do Kwanza produzem reservas petrolíferas em quantidades comerciáveis.