O Vice-Presidente da República lançou esta sexta-feira (4), um repto à comunidade científica angolana e africana a quem questionou “por mais quanto tempo terá a África que esperar” para que seja capaz de “evitar mortes por malária”, quando em apenas alguns meses foram fabricadas pelo menos 4 vacinas para a Pandemia de Covid-19.”
Discursando perante membros da comunidade de cientistas angolanos e africanos no acto solene de proclamação da Academia Angolana de Ciência (AAC), o Vice-Presidente da República, que coordena a Comissão Multissectorial de Combate ao VIH e Grandes Endemias, defendeu que o conhecimento científico deve estar ao serviço da sociedade e servir para ajudar a solucionar problemas reais das comunidades, das instituições e das empresas.
Dados oficiais apontam que a Malária é principal causa de morte por infecção em Angola. Recentemente o coordenador do Programa Nacional de Luta contra a Malária, José Martins, fez saber que de Janeiro a Março deste ano foram registados 2.065.673 casos e 2.548 óbitos, números que incluem mais 467 vítimas mortais face ao mesmo período de 2019.
Bornito de Sousa defende que “problemas como a malária, a seca, a pobreza (…), a urbanização crescente, o clima, a agricultura, a economia em geral e o futuro, exigem o aporte do conhecimento científico”.
O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, assistiu ao acto de proclamação da AAC, constituída por distintos académicos que passam a ser conselheiros independentes na definição de políticas públicas no domínio da ciência.
Testemunharam ao acto de proclamação da AAC, ocorrido no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, membros do Executivo, da Assembleia Nacional, secretários do Presidente da República, membros do Gabinete do Vice-Presidente da República, o Vice-Governador de Luanda e membros da Comissão Instaladora da Academia.