Sábado, 28 de Junho, 2025

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Almofada de liquidez e gestão sustentam bom ‘rating’ do Banco Africano – Moody’s

A agência de notação financeira Moody’s disse hoje que o ‘rating’ Aaa do Banco Africano de Desenvolvimento, atribuído em outubro de 2019, está “sustentado na robusta almofada de liquidez e na boa gestão de risco”.

“O perfil de crédito do BAD é sustentado na robusta almofada financeira de liquidez e na boa gestão do risco, que mitiga os riscos”, lê-se na análise anual às finanças do maior banco multilateral africano, que mantém a opinião sobre a qualidade da dívida em Aaa, o melhor nível.

“A ampla almofada de liquidez e o acesso desimpedido aos mercados de capital internacionais também apoiam a sua capacidade de servir as obrigações da dívida, e para além disso o banco tem um longo historial de ser uma das principais instituições de desenvolvimento em África e beneficia da capacidade e vontade dos acionistas para apoiarem os seus objetivos de desenvolvimento, como é notória pelas significativas contribuições dos membros não regionais com um rating elevado”, acrescenta ainda a Moody’s.

A manutenção do rating triplo A, o mais elevado na escala de avaliação da qualidade do crédito, é importante para o BAD continuar a financiar-se nos mercados internacionais com taxas de juros reduzidas, já que isso se converte em taxas mais baixas nos empréstimos e investimentos que faz nos países africanos, a sua principal área de atuação.

Num comunicado emitido pelo BAD depois da divulgação da análise anual, o presidente desta instituição comentou que “o rating da Moody’s valida a força da gestão financeira e de risco prudente e os fortes sistemas de governação mesmo à luz dos duros desafios impostos pela pandemia de covid-19”.

Para Akinwumi Adesina, “o extraordinário apoio dos acionistas do banco impulsiona a capacidade de financiar as economias africanas, mantendo o objetivo de continuar a gerir os riscos e os requisitos de capital de forma adequada para ajudar os países africanos a reconstruírem as suas economias melhor e mais depressa, ao mesmo tempo que se assegura a resiliência económica, sanitária e climatérica”.

A manutenção do rating da Moody’s segue-se a ações semelhantes da Fitch Ratings e da Standard & Poor’s, e surge meses depois da reeleição de Adesina à frente do banco, numa votação em que recolheu a unanimidade dos acionistas, depois de um período turbulento marcado por uma investigação à sua gestão, da qual saiu ilibado.

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