Um tribunal de Paris condenou nesta quinta-feira (5) um estudante argelino à prisão perpétua por planear um atentado contra uma igreja em Villejuif, uma comuna ao sul de Paris, e pelo assassinato de uma jovem em abril de 2015.
Sid-Ahmed Ghlam, de 29 anos, foi considerado culpado de todas as acusações, incluindo homicídio terrorista. Sua pena é acompanhada por um período mínimo de cumprimento obrigatório de 22 anos e uma proibição definitiva de permanência em território francês após o fim da pena.
“Chegamos ao fim do que poderia ser feito por Aurélie (Châtelain)”, declarou Marie-Evelyne Bantegnie, mãe da jovem morta, após o anúncio do veredicto. “Não vai trazê-la de volta, mas é o que se esperava da justiça”, acrescentou, chorando.
Três outros homens acusados de serem cúmplices foram condenados a 30, 25 e 15 anos de prisão.
Sid-Ahmed Ghlam, um estudante de eletrônica, era conhecido da polícia por suspeitas de radicalização islâmica. Ele foi acusado de tentar atacar no dia 19 de abril de 2015 uma igreja em Villejuif no horário da missa dominical, três meses após os ataques contra a revista satírica Charlie Hebdo e um supermercado judeu.
Na quinta-feira, o réu expressou remorso pela primeira vez. “Lamento profundamente”, afirmou. No entanto, ele sempre negou o assassinato de Châtelain.
Uma análise do DNA de Ghlam o tornou suspeito também do homicídio de Châtelain, que foi morta a tiros e cujo corpo foi encontrado dentro de um carro em Villejuif.
Embora o argelino tenha confirmado um projeto de atentado a uma igreja em nome do grupo Estado Islâmico, ele garantiu aos investigadores que a ideia era apenas “assustar” os fiéis.