Terça-feira, 1 de Julho, 2025

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Yields dos Eurobonds angolanos sobem

Os yields (rendimento- juros e dividendos- anual de títulos) dos Eurobonds angolanos registaram, em Setembro último, crescimento de 1,56%, 1,36% e 0,67%, respectivamente, de acordo com a Comissão de Mercados de Capitais (CMC).

Os yields da Palanca I, título com maturidade de 10 anos (emitido em 2015), registaram um crescimento de 1,56% e foram negociados a 12,792%, ao passo que os da Palanca II (emitido em 2018), com maturidade a 10 anos, cresceram 1,36% e foram negociados a 12,302%.

Enquanto os yields da Palanca III (emitido em 2018), com maturidade de 30 anos, cresceram 0,67% e foram negociados a 12,013%.

O comportamento dos yields dos Eurobonds foi influenciado pela queda do preço do petróleo no mercado internacional, de acordo com o relatório macroeconómico referente ao mês de Setembro a que a Angop teve acesso nesta quarta-feira.

Em Abril de 2018, Angola procedeu à emissão, em Londres, de três mil milhões de dólares norte-americanos em Eurobonds, três anos depois de ter emitido títulos dívida soberana, no valor de 1,5 mil milhões de dólares, com maturidade de 10 anos.

Os títulos emitidos em Abril de 2018 foram repartidos em duas parcelas, a primeira das quais com maturidade de dez anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.

A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1.250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro de 9,375 por cento.

Três meses depois, o Governo avançou com a reabertura daquela emissão, dada a forte procura que existiu, garantindo mais 500 milhões de dólares.

Por outro lado, as commodities analisadas registaram desempenhos negativos com excepção do Trigo, ao passo que o Brent, principal referência das exportações angolanas fixou-se em USD 40,95 no final do mês em análise, registando uma variação acumulada negativa de 9,56% face ao mês de Agosto.

Este comportamento foi influenciado pelo aumento de casos de Covid-19 nos EUA e em alguns países da Europa, facto que poderá culminar com a introdução de novas restrições, bem como pela expectativa de aumento ao nível da oferta de petróleo no mercado, sinalizado pelo crescimento da produção da Líbia.

Quanto aos metais preciosos, o relatório refere que o Ouro registou uma variação mensal acumulada negativa de 4,17%, fixando-se em 1885,82 USD/onça.

Este comportamento foi, de igual modo, influenciado pela apreciação do dólar norte americano.

No mês em referência, o Kwanza, moeda nacional, depreciou-se em cerca de 3,71% face ao dólar norte-americano e a taxa de câmbio média, de referência nas operações do mercado, fixou-se em USD/AOA 630,636 até no final do mesmo mês.

De acordo com o Relatório da Comissão de Mercados de Capitais (CMC), o volume de colocação de divisas foi fixado em USD 75 milhões.

Quanto ao mercado secundário da dívida pública sob gestão da Bolsa de Valores da Dívida de Angola (Bodiva) registou-se um aumento ligeiro na ordem dos 0,55% no volume de transacções relativamente ao mês anterior, totalizando no final de Setembro 88,26 mil milhões de kwanzas.

Este comportamento foi influenciado pelo aumento na procura de títulos indexados à Taxa de Câmbio (OT-TX) em 23% face ao mês anterior.

No mercado nacional, ainda de acordo com o relatório, a LUIBOR com maturidade de 6M fixou-se em 15,35% no fim de Setembro, registando uma variação negativa de 1,12 pontos percentuais.

A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e de património próprio, superintendida pelo Ministério das Finanças que tem como missão regular, supervisionar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados, entre outras tarefas.

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