O Ministério da Educação (MED) anunciou, nesta segunda-feira, a dispensa dos professores submetidos aos testes RT-PCR, nos dias 30 de Setembro e 01 de Outubro, até à recepção dos seus resultados.
Conforme a ministra da Educação, Luísa Grilo, que falava na sessão de actualização de dados, os docentes em causa deverão permanecer em suas casas até que se conheçam os resultados dos exames submetidos a laboratório.
Trata-se de três mil professores que leccionam em Luanda, capital do país, testados para aferir o grau de exposição ao Sars Cov-2, agente causador da pandemia da Covid-19.
Ainda no âmbito do retorno às aulas, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou a testagem massiva de alunos de algumas escolas seleccionadas como modelos.
Segundo o responsável, que não divulgou os nomes das escolas escolhidas para o efeito, os seus discentes serão submetidos, regularmente, a testagem, como amostra sobre o comportamento da comunidade estudantil face à pandemia da Covid-19.
“Este grupo de alunos serão objecto de estudo comparado no quadro do acompanhamento da doença nesta classe de intervenção do processo de ensino e aprendizagem”, destacou.
Franco Mufinda explicou que o mesmo grupo de estudantes será, novamente, submetido a testes para se poder comparar com o resultado inicial.
Com o recomeço das aulas, adiantou, os ministérios da Saúde e da Educação vão criar escolas sentinelas, que servirão de observatório para a testagem periódica de alunos e professores para se aferir o estado desse grupo.
Marcado, inicialmente, para terça-feira, 06, o Ministério da Saúde (Minsa) deu a conhecer que os testes em causa estão cancelados para data a determinar posteriormente.
Neste primeiro turno, o Ministério da Educação (MED) reservou o retorno dos alunos das classes de transição (6ª, 9ª, 12ª e 13ª), bem como os estudantes universitários.
Está previsto, para 19 de Outubro, o retorno dos estudantes da 7ª, 8ª, 10ª e 11ª classe, todas do II ciclo do ensino secundário, enquanto o ensino primário e o I ciclo começam dia 26 de Outubro.
Nesta fase, as turmas devem ser divididas em grupos, no ensino primário e I ciclo, com as aulas a terem duração de 02h30. Enquanto isto, no II ciclo do ensino secundário, as aulas vão decorrer durante 03h30 minutos, sem direito a intervalo.
Angola tem 18 mil e 297 escolas (com 97 mil e 459 salas de aulas em funcionamento no ensino geral), sendo 2.513 do I ciclo, 1.307 do II ciclo do ensino secundário públicos e dois mil colégios.
As escolas do ensino geral (públicas) acolhem mais de 10 milhões de alunos, enquanto as pública-privadas e privadas, entre as quais 666 de Luanda, contam com um milhão e 500 alunos matriculados.