Domingo, 19 de Outubro, 2025

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Crianças morrem por sarampo na aldeia de Camela

Seis crianças, menores de cinco anos de idade, morreram, desde o início do mês em curso, na aldeia de Camela, no município do Cachiungo, província do Huambo, vítima de sarampo, de acordo com o soba da localidade, Amândio Chilungo.

Em declarações à ANGOP, a autoridade tradicional da aldeia Camela, 115 quilómetros da cidade do Huambo, mostrou-se preocupado com a situação, por ocorrer depois de as crianças da localidade terem sido imunizadas contra a doença, em Abril deste ano.

Para além das vítimas mortais, fez saber que outras quatro crianças continuam doentes, tendo, por isso, clamado pela assistência médica/medicamentosa necessária, por parte das autoridades sanitárias.

Por sua vez, a directora municipal da Saúde do Cachiungo, Joaquina Custódia Catiavala Monteiro, disse ser do domínio da instituição que dirige, daí o facto de estar a realizar, desde o mês de Abril, um estudo para apurar a situação.

Referiu que, na altura do surgimento do surto, foi realizada uma campanha de vacinação das crianças da mesma localidade e de outras circunvizinhas, no sentido de se efectuar o bloqueio da propagação da doença.

Por este facto, continuou, suspeita-se que os casos das mortes das crianças possam ter sido motivadas por outras doenças associadas ao sarampo que as mesmas padeciam antes das vacinas.

Entretanto, Joaquina Custódia Catiavala Monteiro assegurou, para breve, a realização de campanhas para a revacinação dos petizes da mesma aldeia e de outras que se encontram nos arredores, de modo a permitir o controlo da situação epidemiológica da doença.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo (Measles morbillivirus). Os sinais e sintomas iniciais geralmente incluem febre, muitas vezes superior a 40 ºC, tosse, corrimento nasal e olhos inflamados.

O Sistema de Saúde no município do Cachiungo, um dos 11 da província do Huambo, e onde habita uma população estimada em 147 mil e 696 habitantes, está constituído por um hospital, três centros, 14 postos e uma unidade privada, distribuídos em três comunas.

O seu funcionamento e assegurado por quatro médicos (dois nacionais e dois cubanos), um bacharel em enfermagem, um técnico superior, 56 técnicos de enfermagem, 149 auxiliares de enfermagem, 11 técnicos de diagnóstico e  terapêutico, dois auxiliares de diagnóstico e terapêutico, 10 trabalhadores de apoio hospitalar e seis administrativos.

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