As autoridades sanitárias angolanas reforçaram a capacidade de testagem da covid-19 no país com a entrada em funcionamento, esta quinta-feira, do Centro de Diagnóstico Laboratorial de Viana, com capacidade para processar seis mil amostras por dia.
Trata-se do maior laboratório de biologia molecular e serologia do país, equipado com tecnologia de ponta, com capacidade para realizar três mil testes de “RPCR” e igual número de “Elisa”, perfazendo um total de seis mil amostras diárias.
Localizada na Zona Económica Especial de Viana (ZEE), a infraestrutura, orçada em sete milhões de dólares americanos, foi inaugurada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, indicou, na ocasião, que com essa capacidade de testagem, o país está em condições de aumentar o diagnóstico de casos, o rastreio dos contactos e a testagem em massa, fundamentalmente para os dois grandes grupos de risco (os profissionais de saúde e dos órgãos de Defesa e Segurança).
A montagem do Centro de Diagnóstico Laboratorial de Viana foi liderada por um jovem angolano bolseiro na China, através da empresa BGI, líder mundial em diagnóstico e equipamentos de biologia molecular e análises serologicas.
Segundo a ministra da Saúde, o laboratório vai, também, desempenhar um papel fundamental na formação de quadros, já visando a necessidade de recursos humanos para as restantes regiões do país.
Informou que está previsto, para breve, a instalação de mais três laboratórios do género nas províncias do Huambo, Lunda Norte e Uíge, também adquiridos na China, com capacidade para processar dois mil testes por dia, cada.
“Isso nos permitirá, no contexto da Covid-19, direccionar a nossa actuação, gizar medidas sustentáveis e seguras para, paulatinamente, equilibrarmos a relação saúde/economia e reforçarmos a confiança das pessoas e das instituições”, observou.
A governante declarou, contudo, que o aumento da capacidade de testagem não implica um relaxamento no cumprimento das medidas de prevenção, amplamente divulgadas.
Sílvia Lutucuta destacou, por outro lado, o apoio da Embaixada da China em Angola, por ter facilitado a interacção com a empresa BGI, líder mundial em diagnóstico e equipamentos de biologia molecular e análises serologicas.
Em tempo record, disse, foi assumido este desafio que culminou com a aquisição dos equipamentos de última geração, a sua instalação e formação de técnicos em Angola, num investimento de sete milhões de dólares.