As receitas petrolíferas angolanas fixaram-se em Julho último em 208 mil milhões, 42 milhões, 505 mil e 602 kwanzas, um aumento de 6,7 mil milhões, em relação ao mês anterior, com a exportação de 37 milhões 70 mil e 382 barris de crude ao preço médio de 39,24 dólares.
Dados compilados pela Angop, com base no documento da Direcção de Tributação Especial (DTE) da Administração Geral Tributária (AGT), em Junho, as receitas arrecadadas totalizaram 201 mil milhões, 246 milhões, 621 mil e 770 kwanzas, resultado da exportação de 38 milhões, 800 mil e 596 barris de petróleo, ao preço médio de 24,36 dólares.
As receitas arrecadadas são provenientes do pagamento, pelas companhias, dos Impostos de Rendimento de Petróleo (IRP), de Produção de Petróleo (IPP), o de Transacção de Petróleo (ITP) e da receita da Concessionária que foi de 85 mil milhões 674 milhões e 499 mil kwanzas, em Julho.
O Orçamento Geral do Estado (OGE) 2020 foi revisto ao preço de 33 dólares o barril de petróleo, quando o valor inicial era de 55 dólares.
Ao longo dos primeiros quatro meses do ano, o preço do barril de Brent, a cotação de referência para o petróleo de Angola, contraiu 61,7%, ao passar de USD 66 para USD 25,2.
Para a Petroangola, a revisão do OGE garantiu a eliminação do défice fiscal em relação às receitas petrolíferas e, acima de tudo garante uma almofada de USD 6,10/ barril + 37.000 bpd extras, traduzindo-se numa reserva estimada em mais de USD 8,5 milhões/dia.
De 2017 a 2019, Angola perdeu cerca de USD 15 milhões/dia em receitas brutas do petróleo, ainda de acordo com dados da Petroangola.
Dados mais recentes desta instituição indicam que, de Janeiro a Julho de 2020, o Estado angolano perdeu cerca de USD 800.000/dia em impostos e recebimentos do petróleo, devido ao actual contexto de crise que o mundo enfrenta.