A ministra da Juventude e Desportos denunciou hoje que existem em Angola associações juvenis que “dizem trabalhar em prol da juventude”, mas nada fazem, considerando que a plataforma de registo agora criada vai regular a situação.
“Vamos agora analisar todos, porque algumas realmente remetem a sua documentação, primeiro é que nem são associações juvenis e dizem trabalhar em prol da juventude, e outras são jovens mas que precisam de apoios para darem os primeiros passos e se tornarem mais ativas”, afirmou Ana Paula do Sacramento.
A governante, que falava no final da cerimónia de lançamento oficial da plataforma eletrónica de registo das associações juvenis e estudantis no país, disse que o mecanismo vai aferir realmente onde e o que fazem as associações juvenis angolanas.
Segundo Ana Paula do Sacramento, as autoridades angolanas precisam saber o objeto social de cada associação juvenil e estudantil, se concorre ou não para o desenvolvimento da Política Nacional da Juventude.
A ministra apontou a necessidade de verificar se a associação “está ou não a trabalhar para o desenvolvimento da comunidade”, ou se existe só juridicamente, “mas de facto não tem tarefa alguma”.
“Portanto, precisamos trabalhar num conjunto de dados que façam com que o movimento associativo seja ativo e participativo”, adiantou.
O Ministério da Juventude e Desportos, com o apoio do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, lançou hoje a plataforma eletrónica de registo das associações juvenis e estudantis no país.
O instrumento propõe-se criar uma base de dados do cadastro das organizações juvenis e estudantis de Angola com vista a “identificar, certificar, apoiar, monitorar a dinâmica” e o grau de atividade das organizações juvenis.
De acordo com as autoridades angolanas, a criação desta plataforma eletrónica, já disponível no endereço raje.gov.ao surge no quadro da “criação de condições objetivas suscetíveis de promover a participação da juventude na vida pública”.