Duzentos e 66 cidadãos provenientes de Portugal, em voo humanitário da TAAG, esta terça-feira, são os primeiros a beneficiar da quarentena domiciliar, no âmbito do processo de descentralização do isolamento ao domicílio, iniciado sábado último (dia 15), em todo país.
Conforme o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que fazia a habitual actualização dos dados sobre a Covid-19 no país, os referidos cidadãos, residentes em sete municípios de Luanda, estavam retidos em Portugal devido as restrições de prevenção e combate ao novo coronavírus.
Franco Mufinda informou que todos os passageiros chegaram ao país com o teste pré-embarque negativo à Covid-19, realizado 72 horas antes da respectiva viagem, uma das condições impostas para beneficiar da quarentena domiciliar.
Assegurou que as autoridades sanitárias e as administrações municipais de Luanda, em colaboração com as famílias desses cidadãos, já trabalharam previamente na criação de condições para mapear as pessoas e fazer o melhor seguimento.
Deu a conhecer que os 266 cidadãos estão distribuídos por sete dos nove municípios da província de Luanda, nomeadamente Luanda, Talatona, Belas, Cazenga, Cacuaco, Viana e Kilamba Kiaxi.
“Já identificamos as residências dos cidadãos e temos o contacto de pelo menos três membros de cada família, para fazer o melhor controlo das pessoas”, acrescentou.
A quarentena domiciliar aplica-se aos cidadãos nacionais, diplomatas e estrangeiros residentes em Angola provenientes do exterior com um teste negativo de pré-embarque, realizado 72 horas antes da viagem.
Enquanto isso, os cidadãos estrangeiros não residentes irão continuar a cumprir a quarentena institucional.
Já o isolamento domiciliar será destinado ao cidadão que tenha testado positivo à Covid-19 sem apresentar sintomas da doença (assintomático), devendo ser isolado num quarto ou anexo independente, para não ter contacto directo com ninguém.
Ambas as medidas (quarentena e isolamento domiciliar) são acompanhadas da avaliação de risco e seguimento das pessoas desde o primeiro dia até o momento alta, que será dada somente pelas autoridades sanitárias.
O tempo do isolamento poderá ser de até 14 dias, dependendo sempre da evolução da doença e dos resultados dos testes.
Com a confirmação de 31 novos casos, 35 recuperados e duas mortes, nas últimas 24 horas, Angola regista um total de mil e 966 infectados, 667 recuperados e mil e 209 activos.