O governador do Moxico, Gonçalves Muandumba, exigiu esta quarta-feira, às empresas de construção civil e de fiscalização que implementam as obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), a priorizarem o recrutamento de mão-de-obra local, numa medida que visa reduzir o desemprego na região.
O governador falava num encontro com os empreiteiros e fiscais que operam no Moxico e que visou analisar o andamento das 87 obras em curso na região, no âmbito do PIIM.
Gonçalves Muandumba sublinhou que a intenção é ver desenvolvida a vida social e económica dos jovens, na localidade onde estão a ser executados obras deste programa.
“As empresas podem recrutar jovens profissionais de outras regiões do país, mais a primazia deve ser para os residentes na zona onde está a ser implementando o PIIM”, frisou o governador.
Gonçalves Muandumba insistiu, por outro lado, que os especialistas em construção civil, sobretudo os fiscais, devem ter o domínio da actividade, para evitar que as empresas constroem obras sem a qualidade desejada.
O governador provincial anunciou que prevê incluir nas equipas de fiscalização das obras do PIIM, uma comissão de consultoria, para inspeccionar o andamento e a qualidade dos trabalhos que estão a ser feitos em todos os municípios do Moxico.
Por seu turno, o responsável da sociedade “João Minga construções”, João Quembuissa, defendeu a revisão do custo das obras no Moxico, tendo em conta a distância que separa esta província de Luanda, local onde adquirem os matérias de construção.
Explicou que os orçamentos “lavrados” em Luanda, que são diminutos, deviam merecer consulta dos governos provinciais e empreiteiros locais, que atravessam diversos problemas na aquisição de materiais de construção.
Por seu turno, o fiscal da empresa “Samiasso e filhos”, pediu a união entre as empresas de construção civil e as de fiscalização para evitar erros, como acontecia no passado, o que levou a diversas correcções e paragem total de alguns projectos.
No PIIM a província do Moxico está executar 87 acções nos diferentes ramos, entre as quais, vias de comunicações, centros de saúde, escolas, projectos nos ramos da energia, água, saneamento básico e ordem pública.
Destas 87 acções sociais, 11 são de âmbito municipal, nove de nível central e cinco provinciais.