O Tribunal Provincial de Luanda devolveu hoje o processo de burla e trespasse de chaves da Centralidade do Zango 5, para sua instrução junto ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).
A decisão saiu da 17ª Secção dos Crimes Comuns do tribunal, sedeada no município de Viana, num processo que envolve mais de 30 cidadãos que adquiriram casas nesta centralidade.
O juiz da causa considera ser um crime grave, que não pode ser julgado sumariamente por se tratar de um assunto que envolve muito dinheiro recebido a várias pessoas para compra das residências, perpetrado, supostamente, por dois indivíduos.
Trata-se de Mauro Pereira Belchimol, identificado como funcionário da empresa gestora da centralidade (Imogestin), e José da Silva Brito, capitão das Forças Armadas Angolanas (FAA), acusados de terem burlado várias pessoas para adquirir definitivamente os imóveis em que habitam.
As vítimas receberam documentos falsos como contratos de compra e venda das referidas casas, pertença do Estado angolano.
No entanto, algumas vítimas abordadas pela Angop disseram pretender solicitar o tribunal para que lhes sejam atribuídos os apartamentos, tendo em conta que já vivem nos mesmos a algum tempo e muitos têm filhos matriculados em várias escolas na Centralidade Zango 5.
O processo será instruído na Esquadra da Policia Nacional localizada na Vila Azul no Município de Viana.
Referir que o cidadão José Brito, deste conhecido “caso burla”, esteve envolvido, na semana transacta, num outro caso de usurpação e invasão de um apartamento na Centralidade Vida Pacifica (Zango Zero), tendo sido absolvido por insuficiência de factos.