Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

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Lucros da indústria chinesa caem 12,8% nos seis primeiros meses do ano

Os lucros das principais empresas industriais da China caíram 12,8%, no primeiro semestre de 2020, refletindo o impacto da pandemia do novo coronavírus, informou hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês.

Segundo o GNE, os lucros no período entre janeiro e junho fixaram-se em 2,51 biliões de yuan (306.767 milhões de euros).

A queda nos lucros da indústria na China agravou-se, depois de ter recuado 6,3%, em dezembro, antes do início do surto do novo coronavírus. Em 2019, comparativamente ao ano anterior, os lucros da indústria chinesa desceram 3,3%, na sequência de uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos.

Para este indicador, as estatísticas chinesas consideraram apenas empresas industriais com receitas anuais superiores a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).

Entre os 41 setores analisados pelas estatísticas, 31 sofreram uma redução nos lucros, entre os meses de janeiro e junho, enquanto nove aumentaram os ganhos e um permaneceu inalterado.

Entre os setores mais afetados estão as indústrias de processamento de petróleo, carvão e outros combustíveis (-124,1%), a indústria de extração de petróleo e gás (-72,6%) ou as indústrias de reparo de máquinas e equipamentos (-53,7%).

No extremo oposto, as empresas dos setores fabrico de equipamentos eletrónicos, de comunicações e informática (27,2%), tabaco (24,2%) ou na indústria agrícola e de processamento de alimentos (14,8) registaram um aumento dos lucros, em termos homólogos.

O estatístico do GNE Zhu Hong observou que “a situação continuou a melhorar” na China, ao longo dos últimos meses, com a “implementação gradual de medidas preventivas”, enquanto a atividade industrial foi gradualmente retomada.

O especialista observou que, no segundo trimestre, os lucros industriais das empresas chinesas foram “do declínio ao crescimento” e observou que a “taxa de crescimento acelerou de mês para mês”.

As medidas de prevenção adotadas pelas autoridades chinesas a partir do final de janeiro incluíram restrições à movimentação de centenas de milhões de pessoas ou o encerramento forçado de estabelecimentos.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, contraiu 6,8%, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano, após ter praticamente paralisado durante quase dois meses.

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