Pelo menos 16 mil litros de combustível (gasolina, gasóleo e petróleo iluminante), com proveniência desconhecida, foram foram apreendidos nesta quinta-feira, no Lubango pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Huíla, numa operação que resultou na detenção de quatro cidadãos envolvidos na venda do produto.
O combustível foi entregue à Sonangol, como fiél depositário, de acordo ao porta-voz do SIC na Huíla, Sebastião Vika, sendo que decorrem diligências para determinar a fonte do produto e responsabilizar igualmente as pessoas que fornecem, pois trata-se de um crime de contrabando e tráfico de combustível.
Em declarações à Angop hoje, sexta-feira, nesta cidade, o responsável disse que, durante a micro-operação realizada, os suspeitos foram detidos nos bairros da Mitcha e Bula Matadi a comercializar o combustível nas suas residências e armazéns.
“Num dos cenários conseguimos perceber um armazém com a faixa principal de comercialização de bens alimentares diversos e no seu interior encontramos o combustível. Além dos 16 mil litros apreendidos há vestígios que através de recipientes vazios existia muito mais combustível nesses locais”, explicou.
Apesar da origem do combustível ainda está por se esclarecer, há indícios de que sejam unidades militares as fornecedoras do petróleo e no caso da gasolina e gasóleo ainda existem dúvidas.
“Existe desvio de combustível, ou seja as empresas que prestam o serviço de transporte de combustível também vão ser arrolados no processo, como tal também a PRODEL e a ENDE vão ter de se pronunciar sobre a quantidade do produto que recebem, assim como os municípios, pois também recebem combustível para os grupos geradores que alimentam as localidades” reafirmou.
Referiu que os detidos foram hoje, sexta-feira, apresentados ao Ministério Público e continua-se as investigações para desmantelar toda rede instalada em moradias, por constituir um perigo para as residências vizinhas, por tratar-se de produtos inflamáveis que são armazenados e comercializados no mesmo espaço onde residem as pessoas.
Casos de desvio de combustíveis, são comuns na província da Huíla, o mais recente aconteceu em 2016, mas só em Janeiro do ano seguinte foi descoberto, tendo o Estado sido o principal lesado.