Um tribunal dos Estados Unidos suspendeu nesta sexta-feira (10) uma execução federal prevista para a segunda e que seria a primeira em 17 anos, a pedido de parentes das vítimas do condenado, preocupados com sua saúde devido à pandemia.
Esta decisão ainda está sujeita a recurso na Suprema Corte.
O governo Donald Trump planeja executar na segunda-feira Daniel Lee, um supremacista branco condenado à morte em 1999 pelo assassinato de um casal e uma menina de oito anos.
Mas parentes de suas vítimas, incluindo a avó da menina, Earlene Peterson, 81 anos, foram ao tribunal nesta semana para solicitar o adiamento da execução.
Invocando sua vulnerabilidade ao novo coronavírus, os queixosos explicaram que enfrentavam uma escolha impossível entre seu direito de atender aos últimos momentos da pessoa condenada e preocupações com sua saúde em caso de aglomeração.
“O governo tem um interesse legítimo em garantir que a execução seja realizada rapidamente”, mas isso ocorre após o interesse de tratar as famílias das vítimas “com justiça, respeito e dignidade”, decidiu a juíza Jane Magnus-Stinson, de um tribunal federal de Indiana.
“A família espera que o governo federal os apoie e não apele a decisão”, disse o advogado Baker Kurrus em comunicado.
“Esperamos que o governo finalmente atue de maneira a aliviar a dor de Peterson e sua família, em vez de aumentá-la”, acrescentou.
Peterson, um oponente da pena de morte, pediu repetidamente ao presidente Donald Trump que fosse “indulgente” com Daniel Lee, assegurando-lhe que ele não deseja ser executado.