Trinta milhões de kwanzas foram disponibilizados pelo Banco de Fomento Angola (BFA) para o Programa de Transferências Sociais Monetárias (Kwenda) lançado em Maio deste ano pelo Governo para estimular a produção agrícola e as trocas comerciais nas zonas rurais.
Orçado em 420 milhões de dólares, o projecto Kwenda visa reforçar o sistema de protecção social implementado pelo Executivo angolano e tem seleccionado, numa primeira fase, os municípios de Ombanja, na província do Cunene, Cambundi Katembo (Malanje), Cuito Cuanavale (Cuando Cubando) e Caculo (Huíla) e Nzeto (Zaire).
O mesmo prevê atender, até 2022, um milhão e seiscentas e oito famílias em situação de pobreza monetária, já identificadas e cadastradas em todo o território nacional, devendo ser atribuído mensalmente a cada família 8.500 kwanzas
De acordo com a administradora da instituição bancária, Manuela Moreira, que falava na cerimónia de entrega de prémios da 2ª edição do programa BFA Solidário, a referida doação poderá ajudar três mil famílias beneficiárias do projecto do Governo angolano.
“ Vamos continuar a apoiar, sempre que possível, os projectos do Executivo angolano, queremos continuar a dar o nosso contributo nos reforços do governo que visam a melhoria das condições de vida e bem-estar das famílias”, frisou.
Para a presente edição do programa BFA Solidário foram investidos, de acordo com a administradora Manuela Moreira, 250 milhões de kwanzas, permitindo assim a premiação de 12 projectos de organizações não governamentais nas áreas da educação, saúde e inclusão social e financeira.
O programa premiou na categoria de educação como primeiro classificado a organização ADPP e lhe foi atribuído o valor monetário de 29 milhões e 800 mil kwanzas, em segundo a Associação de Cegos e Amblíopes (ANCA), com 20 milhões de kwanzas e para o terceiro e quarto lugar a Convenção Evangélica Pentecostal Independente de Angola com 12 milhões e 600 mil kwanzas e a Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor do Kikolo, 10 milhões de kwanzas.
Os corpo de jurados composto por sete membros, qualificou para a categoria da saúde como primeiro classificado o projecto do Fórum Juvenil de Apoio à Saúde e Prevenção do Sida (20 milhões de kwanzas), o segundo a Associação Mwenho (18 milhões de kwanzas), Associação Mwana Pwo da Lunda Sul (6 milhões de kwanzas) e o Grupo de Mulher Africana (5 milhões de kwanzas), terceiro e quarto lugares.
Para a inclusão social e financeira, foram premiadas a organização Selesianos do Bom Bosco em Angola (1ª lugar com 30 milhões de kwanzas), a Associação Emanús da Lunda Sul (2ª classificado com 10 milhões e 800 mil kwanzas), em terceiro Cidade da Infância ( 8 milhões e 800 mil kwanzas) e em quarto o Centro de Acolhimento Frei Giorgio Zulianello do Zaire (6 milhões e 800 mil kwanzas.
Na cerimónia, que visou saudar os 27ª da instituição bancária, foi ainda atribuído um prémio especial de 4 milhões e 500 mil kwanzas para a Associação dos Escuteiros de Angola, visando a formação de líderes em linguagem gestual.
Inscreveram-se para o programa, de acordo com a administradora Manuela Moreira, cerca de 150 organizações não governamentais, sendo que a mesma era feita nos balcões do BFA, localizados nas 18 províncias do país.
Salientou que cada concorrente definiu aquilo de que necessitava e detalhou em que medida o financiamento ajudaria a materializar o seu plano.
BFA Solidário, adiantou Manuela Moreira é um programa de responsabilidade social que visa apoiar e reconhecer o trabalho de organizações sem fins lucrativos, no sentido de promover o desenvolvimento destas associações e das comunidades.
A 1ª edição do programa, em 2019, teve como destaque o projecto do Centro Neurocirúrgico e de Tratamento da Hidrocefalia do Kifica, no distrito do Benfica, em Luanda, permitindo a operação gratuita de mais de cem crianças com hidrocefalia.