O angolano Fábio Abreu está em boa posição para sagrar-se melhor marcador da I Liga Portuguesa de futebol, 32 anos depois de o seu compatriota Matanu Garcia, ou simplesmente “Vata”, ter alcançado tal proeza.
Na terceira posição entre os goleadores da prova, com 11 golos, ao serviço do Moreirense, no decurso da 28ª jornada, Fábio Abreu tem até agora menos cinco tentos com que o seu compatriota conquistou o troféu do campeonato luso.
Nascido a 19 de Março de 1961, na província do Uíge (59 anos), Vata surpreendeu, na altura, a crítica desportiva ao conquistar a bota de ouro em 1988, ao serviço do Sport Lisboa e Benfica, com 16 remates certeiros.
Mas entre os angolanos que se notabilizaram no futebol português destaque também para Rui Jordão, duas vezes artilheiro do campeonato “tuga”, uma vez pelo Benfica, que representou nas épocas de 1971/1972 e 1975/1976, e outra pelo Sporting (1977/1978 e 1986/1987).
Natural de Benguela, Jordão foi baptizado de “gazela” devido a velocidade com que conduzia a bola, tendo falecido em 2019, aos 67 anos de idade.
Agora pode ser a vez de outro angolano fazer história. Fábio Abreu, nascido a 29 de Janeiro de 1993 (27 anos), evolui no Moreirense e quarta-feira rubricou o 11º golo da época, sendo já o terceiro melhor marcador da prova, com menos seis tentos que o líder da tabela.
A lista é comandada por dois jogadores do Benfica, Carlos Viníncios, primeiro com 17 golos, e Pizzi, segundo com 15. Mehdi Taremi, do Rio Ave, também com 11 golos, ocupa a 4ª posição.
Abreu, que em 2019 estreou-se a marcar pela selecção nacional, na vitória de 2-1 contra a Gâmbia, na corrida ao mundial de 2022, no Qatar, é pretendido por várias equipas europeias justamente pelo seu apurado faro de golo.
Recentemente a imprensa internacional anunciou interesse pelos seus préstimos por parte do Real Zaragoza de Espanha.
Segundo o sítio local “eldesmarque.com”, a formação europeia procura um reforço e o nome do atacante surge entre as opções da equipa da LaLiga SmartBank (segunda divisão espanhola).
Com contrato com o Moreirense até 2022 e uma cláusula de rescisão de 5 milhões de euros, o goleador é igualmente pretendido pelos espanhóis do Getafe, Leganés e Eibar, além do Nice de França.
Até terminar o campeonato, o angolano tem ainda oito jogos para fazer por merecer o troféu, ou seja, marcar o máximo possível e esperar que os concorrentes façam o contrário.