O secretário-geral do governo provincial do Cuanza Sul, Carlos Henriques, foi posto em liberdade provisória pelas autoridades judiciais após ter pago mais de 3 milhões de kwanzas em caução.
De acordo com a Rádio Nacional de Angola, o acusado foi posto em liberdade nesta segunda-feira (22), onze dias após ter sido detido por suposta prática de crime de peculato.
Carlos Henriques foi posto em liberdade provisória e vai aguardar o julgamento em liberdade disse o procurador-geral da República no Cuanza Sul, António Soares da Cruz.
Carlos Henriques é acusado de supostamente ter sobrefaturado no aluguer de duas viaturas para os vice-governadores provinciais, avaliadas em mais de 191 mil kwanzas (295 euros) por dia, para um período de um ano, contrato assinado pelo Governador.
No âmbito das investigações, o governador do Cuanza Sul, Job Capapinha exonerou, a 3 de junho, 5 elementos do quadro temporário do seu gabinete, sendo o diretor do gabinete do governador, Gildo Ferreira, o seu diretor-adjunto, Bernardino Lopes, os assessores do governador, Quintas Majana e Manuel Santana, bem como a secretária do seu gabinete, Odete Manuel.
Na altura, a procuradoria-geral da República informou não haver ligação entre este caso e o assassinato do inspetor-geral das Finanças do Cuanza Sul, Rodrigues Eduardo, morto a tiro em Luanda, numa altura em que se especulava que este estava em Luanda para prestar declarações no âmbito deste processo.