Duzentas e 70 famílias abandonaram a comuna do Kibala Norte, município do Nzeto, província do Zaire, desde o ano passado até a presente data, por alegada falta de serviços sociais básicos naquela localidade.
A informação foi avançada nesta segunda-feira pelo administrador comunal, José Seque, explicando que parte deste número de habitantes emigrou-se para as províncias do Uíge e Bengo, enquanto outros seguiram para a sede municipal do Nzeto (Zaire), a procura de melhores condições de vida.
O administrador apontou a insuficiência de escolas, de centros de saúde, falta de sistema de abastecimento de água, bem como o mau estado da estrada que liga Kibala Norte à sede municipal do Nzeto, como sendo alguns factores que concorrem para o êxodo da população.
De acordo com o responsável, que falava no acto de apresentação do novo administrador municipal do Nzeto, Augusto Tiago, anualmente quantidades consideráveis de produtos do campo acabam por apodrecer na comuna, devido ao estado avançado de degradação da estrada de acesso a localidade.
Lembrou que fenómeno idêntico ocorreu há anos (sem precisar data), referindo que Kibala Norte precisa de serviços sociais nos mais variados domínios, para sedentarizar a população.
José Seque pediu ao novo administrador municipal do Nzeto a envidar esforços para a recuperação da estrada, que não beneficia de obras de restauro há mais de 40 anos, e que tem sido um dos motivos do abandono da comuna por parte dos seus habitantes.
Em resposta às preocupações apresentadas, o administrador municipal, Augusto Tiago, reconheceu ser urgente a reabilitação desta via, que desde o tempo colonial nunca beneficiou de qualquer intervenção.
Adiantou que a recuperação dessa via pode ser feita pela Brigada de Conservação e Manutenção de Estradas do Governo Provincial do Zaire, que neste momento encontra-se a trabalhar na estrada que liga Mbanza Kongo à vila fronteiriça do Nóqui.
Kibala Norte dista a 170 quilómetros da vila piscatória do Nzeto.