O hospital municipal de Cacuaco começou, a partir de hoje (sexta-feira), a prestar assistência à portadores de anemia falciforme, com a entrada em funcionamento de um centro de apoio ao doente anémico.
O centro, inaugurado nesta sexta-feira pela directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Consciencialização sobre a Doença Falciforme, tem capacidade para diagnosticar e fazer seguimento médico de 30 pacientes por dia.
De acordo com Helga Freitas, em declarações à imprensa, cerca de 10 mil crianças nascem anualmente em Angola com anemia falciforme.
A anemia falciforme é uma doença hereditária que passa de pais para filhos, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue.
A responsável sublinhou que a inauguração da unidade vai ajudar no seguimento e diagnóstico precoce da doença, bem como melhorar as condições de vida da pessoa portadora da doença.
“O objectivo é fazer chegar mais perto os serviços de atendimento a patologias aos cidadãos, para se evitar que precorram longas distâncias para assistência”, disse.
De acordo com a coordenadora da Iniciativa Angolana de Células Falciformes, Margarida Teixeira, mensalmente são recolhidas e processadas cerca de 8 mil e 500 amostras nos centros de apoio da doença em Luanda e mil e 500 nos centros de Cabinda, as únicas regiões com unidades do género.
Informou que os centros realizam rastreio neonatal, diagnóstico, cuidados e tratamento, bem como formação de profissionais e sensibilização nas comunidades.
O Centro foi criado em parceria com a Fundação Lwini e a Chevron, no âmbito da consciencialização sobre a doença.
À margem do evento, foram entregues, pela Fundação Lwini, meios técnicos, reagentes, aparelhos medidor de hemoglobina, equipamento informático, cadeiras de rodas e brinquedos para crianças portadoras de anemia falciforme.