Uma fábrica de montagem de tratores instalada na Zona Económica Especial (ZEE) de Luanda, fruto de um Memorando de Entendimento (MdE) entre o xeique Ahmed Dalmook Al Maktoum, dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e o governo angolano, assinado em Dezembro de 2019, já produziu 3.000 tratores.
A fábrica arrancou com mais de 80 por cento da força de trabalho local, montando tratores “Made in Angola”, com as necessárias alfaias para os agricultores locais, em colaboração com a multinacional italiana Massey Fergusson, da AIPEX e distintos departamentos ministeriais angolanos.
A unidade fabril tem um plano de substituição de quadros expatriados por locais, incluindo cargos executivos e de direção, através da formação de técnicos, daí que, além da linha de montagem, foi criado um centro de formação para três componentes dentro do projecto. Um programa de formação para técnicos de fábrica, outro direcionado a agricultores para operação e manutenção dos tratores e alfaia, estando este segundo livre de custos.
Um terceiro programa tem a ver com a formação de formadores especialistas para que estes possam dar formação em todo o país, evitando a deslocação dos agricultores à capital do país para beneficiarem de ações formativas do género.
“Além da montagem de tratores, foi estabelecido um programa de serviços pós-venda, manutenção e substituição de peças gastáveis”, indica o comunicado, sublinhando que os contratos de serviço de manutenção de longo prazo são parte fundamental do projeto.
Foi igualmente estabelecido um programa de substituição de peças importadas, estando em marcha um plano de desenvolvimento de fornecedores locais, fomentando-se o emprego e a diversificação da economia e o desenvolvimento da pequena indústria local.
Para além da produção, a empresa gestora da fábrica vai, em conjunto com o Ministério da Agricultura, procurar implementar programas de financiamento flexíveis para o apoio aos agricultores locais nas suas aquisições.
Segundo apurou “O Guardião”, a fábrica, já a produzir, ainda não foi inaugurada oficialmente devido à crise da pandemia da covid-19.