Os líderes parlamentares das forças políticas, com representação na Assembleia Nacional, debatem hoje sob orientação do presidente da Assembleia, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, a situação dos 8 deputados dissidentes da CASA-CE.
Na quarta-feira, 3 de junho, a Assembleia Nacional concedeu oito dias, prazo que expirou no passado dia 10, para o Grupo Parlamentar da CASA-CE chegar a um consenso, em relação aos oito deputados dissidentes da sua direcção.
E causa esta, a questão do património a que este grupo tem direito, assim como o tempo de intervenção no decorrer das sessões plenárias.
Os oito deputados dissidentes não se revêem na actual liderança da CASA-CE, por considerarem Abel Civukuvuku, ex-presidente afastado em assembleia-geral, como o líder legitimo. O cargo é ocupado por André Mendes de Carvalho.
Em declarações à imprensa, a 3 de junho, o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Américo Cuononoca, afirmou que a desintegração dos oito deputados da CASA- CE tem estado a levantar alguns problemas no seio da bancada parlamentar da coligação.
Referiu que as comissões de especialidade, em razão da matéria (1ª e 9ª), já produziram os pareceres conjuntos, que deverão ser analisados pelos deputados em sessão plenária.
Entretanto, o presidente da grupo parlamentar da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, considerou que os deputados dissidentes devem beneficiar apenas dos rendimentos a que têm direito como representantes eleitos pelo povo.
Porem, discorda da redução do seu tempo de intervenção, por se tratar de apenas de 20 minutos por cada sessão plenária, tempo que considera escasso.
“Relativamente ao património que os deputados dissidentes reclamam, eles não têm direitos patrimoniais do grupo, excepto os inerentes a cada deputado, e essas providencias estão a ser tomadas “, referiu.