Domingo, 6 de Outubro, 2024

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Supremo Tribunal Federal do Brasil não se sujeitará a nenhuma ameaça — Dias Toffoli

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro garantiu que este órgão não se sujeitará a nenhuma ameaça, após um grupo que apoia o Governo ter lançado fogo-de-artifício contra a sede do tribunal, num protesto no sábado.

“Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”, escreveu Dias Toffoli em comunicado.

“Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado (…) O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta”, acrescentou.

Na manhã de sábado, a polícia desalojou membros do grupo “300 do Brasil” que estavam acampados há dois meses na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em retaliação, o grupo tentou entrar na sede do Congresso à tarde.

À noite, fogos-de-artifício foram disparados em direção ao STF, na Praça dos Três Poderes. Alguns manifestantes suspeitos de integrarem o grupo de extrema-direita acabaram detidos.

Há 15 dias, os mesmos militantes protestaram em frente à sede do STF com tochas, aludindo a símbolos usados por supremacistas brancos dos Estados Unidos, com a Ku Klux Klan.

No domingo, a Esplanada dos Ministérios foi fechada pelo governador do Distrito Federal para impedir qualquer manifestação “de natureza inconstitucional”.

Desde o início da pandemia, manifestações a favor do Governo liderado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, têm ocorrido na Esplanada dos Ministérios, aos domingos.

Em muitas ocasiões o próprio chefe de Estado participou nos atos, em que também foram pedidos o fecho do Congresso e do STF.

Hoje a ativista Sara Winter, uma das líderes do grupo “300 do Brasil”, foi presa numa operação da Polícia Federal.

A prisão da ativista ocorreu por ordem de outro juiz do STF, Alexandre de Moraes, no âmbito de uma investigação sobre manifestações antidemocráticas e disseminação de notícias falsas contra autoridades, incluindo juízes.

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