Quinta-feira, 28 de Março, 2024

Governadores ponderam reinício das aulas

Os governadores das 18 províncias do país recomendaram, esta segunda-feira, o adiamento do reinício das aulas do ensino primário, previsto para 27 de Julho próximo.

Conforme os governantes, que participaram de uma vídeo-conferência, não estão reunidas as condições para o regresso das crianças à escola na data indicativa.

A actividade lectiva foi suspensa em finais de Março, devido à ameaça de proliferação do novo coronavírus, que já infectou 140 pacientes em Angola e fez seis mortos.

A retomada das aulas estava a depender, no entanto, da situação  epidemiológica do país.

Para tal, o Governo impôs a obrigatoriedade de as instituições de ensino garantirem condições para o distanciamento físico, à entrada e dentro do edifício escolar, higienização, entre outras medidas de prevenção contra a pandemia da covid-19.

Segundo a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, que presidiu a vídeo-conferência, as sugestões serão levadas aos membros da Comissão Multissectorial para a Prevenção e Combate à Covid-19.

Disse que serão analisadas e as conclusões remetidas ao Presidente da República, João Lourenço, para a decisão final.

De acordo com Carolina Cerqueira, há unanimidade em relação ao não reinicio das aulas no ensino primário e I ciclo do ensino secundário, por abarcar crianças que podem ter dificuldades em observar as medidas de biossegurança.

Outro factor que inibe o reinício das aulas, neste subsistema, é a falta de água, infra-estruturas precárias e falta de vigilantes nas escolas.

Para os níveis subsequentes (II ciclo do ensino secundário e universitário), acrescentou, será respeitado o calendário determinado, com excepção da província de Luanda, por ser o epicentro da doença e por ter o maior número de escolas e alunos.

Segundo o cronograma reajustado do Ministério da Educação (MED), o primeiro trimestre vai de 13 de Julho a 28 de Agosto e o segundo de 31 de Agosto a 31 de Dezembro.

A partir desse período, o ano lectivo, que teria duração de 180 dias, será encurtado a 126 dias, devido à Covid-19.

O Governo determina também a adequação do sistema de avaliação, na sequência da pandemia de Covid-19.

As escolas terão que reduzir o número de alunos por turma. O MED prevê que as salas deverão ser divididas em dois, com duas horas e meia de aulas por grupo.

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