Mais 23 empresas de referência nacional serão privatizadas ainda no decorrer deste ano, juntando-se a outras 14 que já passaram por este mesmo processo, no âmbito do Programa de Privatização (PROPRIV) levado a cabo pelo governo angolano até 2022.
A informação foi avançada hoje, em Luanda, pelo secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João, no final da visita que efectuou a unidades fabris da Zona Económica Especial (ZEE).
O Estado pretende, até 2022, privatizar 195 empresas.
Segundo o governante, com a privatização dos 14 empreendimentos conseguiu-se arrecadar 31 mil milhões de kwanzas para o tesouro nacional.
Entre as empresas a serem privatizadas constam, entre outras, a dos sectores das telecomunicações e tecnologias de informação, agro-pecuária, banca, petróleo e mineiro.
O secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João, salientou que um dos objectivos deste processo é dar outra dinâmica à actividade económica nacional, repassando activos, sobre tutela do Estado com baixo aproveitamento, para o sector privado, por ser entendido a nível internacional que este sector consegue explorar com maior eficiência projectos de investimento.
Disse que as fábricas visitadas (Juntex e Platiscon) fazem parte dos activos já privatizados o ano passado, na qual verificou-se que as mesmas estão já a funcionar, umas vez que estavam paradas.
O director da unidade industrial Juntex, Paulo Santos, referiu que a fábrica, em funcionamento desde Março deste ano, tem uma capacidade diária de produção de 150 toneladas/dia de agramassa, sendo que neste momento estão a produzir cerca 20 toneladas/dia devido à covid-19.
“A covi-19 veio atrapalhar as nossas vendas, pelo que esperamos que a partir de Julho ou Agosto, possamos aumentar a capacidade produtiva” acrescentou.
A empresa esteve cerca de dez anos paralisada. Foi preciso um investimento de 80 milhões de kwanzas para voltar a operacionalizar.
A funcionar com cerca de 25 funcionários, a empresa regista uma facturação mensal de 40 milhões de kwanzas, tendo já disponível um contentor para ser exportado para a Cote d’Ivoire, que está a depender de questões burocráticas.
Já director financeiro da Plasticon, Paulo Mendonça, disse que produzem todos produtos derivados do plástico, com um investimento de 500 milhões de kwanzas para sua entrada em funcionamento.
Produzem cerca de 70 toneladas/dia em diversos produtos, com 70 trabalhadores nacionais, mas que devido à covid-19 estão a produzir 50 por cento da sua capacidade.