O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que o seu país “superou largamente” a pandemia de covid-19, apesar de se continuarem a registar mais de mil mortes diárias com esta doença nos Estados Unidos.
Comentando a surpreendente queda do desemprego, em maio, o Presidente norte-americano elogiou a “pujança” da economia, que atribuiu à superação da crise sanitária.
“Essa pujança permitiu superar esta terrível pandemia. Já a superámos largamente”, disse Trump, durante uma conferência de imprensa, na Casa Branca.
“Tomámos todas as decisões necessárias”, disse o Presidente, referindo-se à sua gestão da crise sanitária, que tem sido muito criticada pelos seus opositores.
Para Trump, os Estados Unidos “deram um grande passo” para a recuperação da sua economia, antecipando que nos próximos meses ficará demonstrado o seu vigor e a sua capacidade de regeneração, depois do impacto da pandemia.
O Presidente dos EUA convocou os governadores dos estados onde as medidas de confinamento ainda estão em vigor, para lhes pedir que as levantem.
“Queremos o fim das medidas de contenção total nesses estados”, disse Trump, assegurando que os estados onde isso já aconteceu estão em situação muito favorável.
Nos Estados Unidos, foram registados quase dois milhões de contágios com o novo coronavírus, e mais de 108.000 mortes até hoje.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 387 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 3,1 milhões, contra mais de 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 173 mil, contra mais de 181 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.