O Ministério Público norte-americano agravou hoje para homicídio em segundo grau o agente da polícia que provocou a morte a George Floyd e, pela primeira vez, acusou formalmente os três outros agentes que o acompanhavam, noticiou a imprensa local.
O jornal norte-americano Star Tribune lembrou que o agente Derek Chauvin, despedido a 26 de maio, um dia depois do incidente, foi inicialmente acusado de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário em segundo grau, enquanto os três restantes policiais tinham sido demitidos também no mesmo dia, mas sem pendência de acusações.
O Star Tribune, que cita múltiplas fontes, referiu que o Procurador-Geral do Minesota, Keith Ellison, agravou a acusação contra Chauvin e também acusou os agentes Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao por apoio e incentivo ao homicídio.
A família de George Floyd e os milhares de manifestantes que continuam a protestar contra a morte do afro-americano têm repetidamente exigido acusações contra os quatro agentes policiais.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu a 25 de maio, em Mineápolis, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos 9.000 mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.
Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.