O Governo australiano recomendou hoje aos seus cidadãos que não viajem para os Estados Unidos, devido aos protestos e “potencial violência” em várias cidades do país, na sequência da morte do afro-americano George Floyd.
“Não viaje para os Estados Unidos da América, incluindo o Alasca, Porto Rico e as Ilhas Havaianas”, refere o alerta emitido pelo Departamento de Negócios Estrangeiros australiano.
O Governo australiano refere que há “recolher obrigatório em vigor em várias cidades depois de protestos violentos”, notando que “mais protestos são esperados e existe um potencial contínuo de violência”.
“Evite todas as manifestações e protestos. Monitorize os media para obter informações sobre os desenvolvimentos mais recentes e siga as instruções das autoridades locais, inclusive obedecendo ao recolher obrigatório”, recomenda.
O aviso atualiza a informação que o Governo australiano já tinha em vigor relativamente ao país, em que recomendava que os seus cidadãos que desejassem sair dos EUA devido à covid-19, o fizessem “o mais rapidamente possível”.
“Voos limitados para a Austrália estão disponíveis a partir de Los Angeles e São Francisco”, explica.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de dia 25 em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet.
Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço da Floyd com o joelho durante vários minutos.
Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Washington e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.