Sábado, 27 de Julho, 2024

Quatro policiais de Minneapolis demitidos após a morte de homem negro desarmado

Quatro polícias de Minneapolis foram demitidos após a morte de um homem negro e a divulgação de imagens de um vídeo em que se vê um polícia branco a apertar o pescoço da vítima com o joelho durante a detenção.

A chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, disse que os quatro policiais agora são “ex-funcionários”.

O homem nas imagens que repetidamente diz “não consigo respirar” para um polícia branco é George Floyd, de 46 anos de idade, que trabalhava como segurança num restaurante.

Na terça-feira à tarde, o presidente da Câmara de Minneapolis, Jacob Frey, confirmou que os quatro polícias envolvidos no incidente tinham sido “demitidos”.

“Esta é a decisão certa”, ele twittou.

“Acredito no que vi e o que vi é errado a todos os níveis”, disse. “Ser negro na América não deve ser uma sentença de morte.”

A morte ocorreu na noite de segunda-feira, na cidade de Minneapolis, no seguimento de uma disputa com os polícias. O incidente foi captado em vídeo pelos transeuntes e difundido nas redes sociais e mostra a vítima mortal pedir ajuda por várias vezes e a reclamar que não conseguia respirar.

“Durante cinco minutos vemos como um agente branco apertou o joelho no pescoço de George Floyd. Cinco minutos. Quando se ouve Floyd a pedir socorro, supomos que é preciso ajudá-lo. Este agente falhou no sentido humano mais básico. O que aconteceu foi simplesmente horrível”, afirmou o presidente da Câmara de Minneapolis, Jacob Frey, em conferência de imprensa.

No vídeo ouve-se George floyd a queixar-se de que lhe dói o pescoço, a implorar por água e a dizer ao agente repetidamente que não consegue respirar. Ouve-se também a voz de uma mulher que diz que a vítima está a sangrar do nariz e outro transeunte a insultar o agente, exclamando que o homem não estava a resistir à detenção e acusando o polícia de “estar a gostar”.

Os polícias foram chamados por volta das 20:00 locais de segunda-feira para investigar uma denúncia de falsificação num negócio, segundo o porta-voz da polícia, John Elder. Os agentes encontraram Floyd no seu carro parado e acreditavam ser o suspeito porque correspondia com as descrições dadas.

“Floyd foi ordenado a sair do carro. Depois de sair, ele resistiu fisicamente aos polícias. Os agentes conseguiram algemá-lo e notaram que ele parecia estar a sofrer de problemas médicos”,

George Floyd foi levado de ambulância para o Centro Médico do Condado de Hennepin onde morreu pouco depois, segundo a polícia.

O nome do polícia visto a ajoelhar-se no seu pescoço não foi divulgado.

O Departamento de Apreensão Criminal do Minnesota (BCA) e o Departamento Federal de Investigação (FBI) foram chamados para investigar o caso.

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