Sábado, 27 de Julho, 2024

África deve assumir o seu papel no mundo – Comissária africana

A África deve fazer da crise pandémica do coronavírus uma oportunidade para assumir o seu verdadeiro papel na arena internacional, disse, neste domingo, a comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana (UA), a angolana Josefa Sacko.

Josefa Leonel Correia Sacko, de seu nome completo, respondia, por e-mail, a perguntas colocadas pela ANGOP, no quadro do 25 de Maio, Dia de África.

A data alude à fundação, a 25 de Maio de 1963, em Addis-Abeba (Etiópia) da então Organização da Unidade Africana (OUA), transformada em União Africana (UA), a partir de 2002, em Durban (África do Sul). 

“ A África, que fala de uma única voz, com a sua população maioritariamente jovem, está resiliente e deve fortalecer-se para fazer desta crise uma oportunidade de posicionar-se na arena internacional”, disse.

No entendimento da comissária, esta é a melhor forma de levar a África a desempenhar o seu “verdadeiro” papel, ao lado da comunidade internacional, enquanto parceira com direito à palavra.

Especificamente em relação à sua missão na UA, fez alusão ao Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), que considerou   o “único” instrumento da agenda 2063, para se eliminar a fome e a pobreza no continente africano.

 O CAADP, que Josefa Jacko considera um “programa emblemático”, nasceu à luz da Declaração de Maputo, em 2003, sobre a Agricultura e Segurança Alimentar em África.

Dez anos depois, os Chefes de Estado e de Governo da União Africana, aprovaram a Declaração de Malabo, em Junho de 2014, que se relaciona também directamente com o CAADP.

 Nessa altura, os estadistas ou seus representantes definiram sete compromissos, entre os quais dois, que velam pela eliminação da fome até 2025 e a redução da pobreza.

Agro-economista e uma das principais tecnocratas ao serviço da União Africana, Josefa Leonel Correia Sacko foi eleita, em Março de 2019, uma das 100 Pessoas Mais Influentes na Política Climática em 2019, além de figurar da lista inaugural das 100 Mulheres Africanas Mais Influentes.

Antes da sua eleição como comissária para a Economia Rural e Agricultura, foi assessora de dois ministros em Angola, designadamente do Ambiente e da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Desempenhou o papel de embaixadora de Boa Vontade para as Alterações Climáticas, pelo Ministério do Ambiente, e no Ministério de Agricultura, o de supervisão da Segurança Alimentar, Erradicação da Fome e Redução da Pobreza.

Durante 13 anos, exerceu as funções de secretária-geral da Organização Inter-Africana do Café (OIAC), na Costa do Marfim, onde representou 25 países produtores de café no continente.

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