Sábado, 7 de Dezembro, 2024

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Moradores do Cassenda suspiram de alívio após 16 dias em cerca sanitária

Dezasseis dias depois, os moradores de quatro edifícios no bairro do Cassenda, distrito urbano da Maianga, município de Luanda, suspiram de alívio com levantamento da cerca sanitária.

As autoridades haviam decretado cerca sanitária no Cassenda por conta do “caso 26”, que infectou 13 pessoas, sendo a maior parte membros da sua família.

Antes do levantamento da cerca sanitária, as autoridades efectuarem a análise de 160 amostras de pessoas suspeitas de contacto directo com os infectados.

Em virtude do “caso 26”, que envolve um cidadão angolano que veio de Portugal no dia 18 de Março, mas não cumpriu a quarentena domiciliar, continua sob cerca sanitária o distrito urbano do Futungo, município de Talatona. Os 300 moradores estão a espera dos resultados das amostras.

Após nove pessoas terem sido diagnosticadas positivas com covid-19, 160 outras viram de seis a 20 do mês em curso os seus movimentos limitados pelas autoridades sanitárias.

Para além do corte da fita, que simbolizou o levantamento do cordão sanitário, os moradores receberem declarações de testes negativos da covid -19.

Emocionado e quase sem palavras para exprimir a satisfação, em declarações à imprensa, a moradora Jani José Xavier sublinhou que viver em cerca sanitária não foi fácil, tendo apelado a sociedade para continuar a cumprir as recomendações sanitárias, tais como o distanciamento de um metro entre as pessoas.

Pedro Tomas, que também esteve confinado, afirmou que viveu momentos difíceis, sendo, portanto, um alívio o levantamento da mesma.

Para a técnica da Repartição de Saúde do Distrito Urbano da Maianga, Lídia Pedro, que durante os 16 dias de trabalho na área criou afinidades com os moradores dos edifícios, sublinhou que os momentos vividos vão ficaram marcados na sua memória pelo facto de ter sido tratada como carinho, apesar do risco.

Apesar de terem testado negativo para a covid-19, em declarações à imprensa, a directora nacional de saúde pública, Elgas Freitas, apelou aos residentes do Cassenda para continuarem a higienizar as mãos com água e sabão, álcool gel, e a observarem o distanciamento.

Em relação ao documento que atesta que o exame do coronavírus dar negativo, responsável precisou que não há qualquer obrigatoriedade das pessoas andarem com os mesmos, mas quem achar que serve para alguma justificação pode o fazer.

Por seu turno o administrador do distrito urbano da Maianga, Fernando Cardoso, garantiu que se vai redobrar os seus esforços para que a distribuição de água potável seja melhorada, no sentido de permitir que os munícipes higienizem as mãos de forma regular e se evitem casos suspeitos.

Ainda em Luanda, mantém-se a cerca sanitária no Hoji-Ya-Henda, onde se colheu 3.335 amostras. Trata-se de uma região em que se despoletaram vários casos positivos por conta de um cidadão da Guiné Conacry (conhecido como “caso 31”), com mais de 75 contactos.

Com os dois novos casos positivos, Angola regista agora 52 pessoas infectadas com o vírus, das quais três óbitos, 17 recuperadas e 32 activos e clinicamente estáveis.

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