Um angolano, João Manuel, de 47 anos, foi assassinado barbaramente com uma faca por motivos raciais no último domingo (17) em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Brasil, noticiou a Globo G1.
João Manuel trabalhava numa bomba de combustível, foi assassinado com três facadas no peito enquanto trabalhava, acabando por morrer minutos depois.
“Dois outros imigrantes ficaram igualmente feridos ao tentar impedir a agressão. O suspeito fugiu antes da chegada da polícia, escreve à Globo G1.
Segundo a mesma fonte, os dois foram encaminhados para um hospital nas proximidades para atendimento médico e tiveram alta no domingo à noite.
De acordo com um dos sobreviventes, citado pela Globo G1, a discussão começou quando o auxiliar de mecânico falou “que os estrangeiros só queriam receber dinheiro do governo, enquanto os brasileiros sofriam”.
“Eu queria defender o meu irmão. Foi racista, ele deixou claro que foi racismo, porque ele estava a falar que ia matar meu irmão, mas dando risada, tipo como se fosse matar um animal”, relatou um dos sobreviventes a Globo G1.
Uma cidadã congolesa, Hortense, citada pela Glogo G1, conta que as agressões e ameaças a imigrantes africanos tornaram-se comuns nos últimos meses.
“A congolesa Hortense morou no bairro em que ocorreu o crime por cinco anos até se mudar, em fevereiro, após casos de violência contra imigrantes. Ela deixou para trás móveis e muito do que juntou desde que chegou no Brasil porque temia as ameaças que ela e sua família recebiam no bairro”.
“Eu saí de lá fugindo de insegurança porque meu marido era alvo de ameaças de morte. Eu percebi que nasceu um ódio no bairro, as pessoas falavam na cara que a gente tem que voltar para o nosso país”, afirma Hortense.
“Até os motoristas de autocarro mostravam esse preconceito. A gente às vezes faz sinal e eles passam sem parar”, conta Hortense à Globl G1.
Fonte: Globo G1
