A Rússia anunciou hoje o registo de 11.656 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, mais da metade dos quais em Moscovo, levando o país a superar a Itália e o Reino Unido em número total de casos.
A Rússia tem agora um total de 221.344 casos, segundo as autoridades. O número oficial de mortes permanece relativamente baixa, com 2.009 vítimas.
Já o Reino Unido tem 31.855 mortos, em mais de 219 mil casos, e a Itália registou 30.560 mortos, dentro de mais de 219 mil casos.
As autoridades russas afirmam que o aumento no número de casos é explicado pela multiplicação dos testes realizados – 5,6 milhões de acordo com informações de hoje – e não por uma aceleração da propagação. Isso também explicaria a baixa mortalidade.
No entanto, muitas pessoas na Rússia duvidam dessa interpretação e julgam que a mortalidade está subestimada.
Este anúncio ocorre quando o Presidente russo, Vladimir Putin, deve realizar uma reunião de governo para decidir se deve ou não estender o período de trabalho pago em período de confinamento, que foi implementado na Rússia no final de março para impedir a propagação do novo coronavírus e que termina oficialmente hoje à noite.
Antes dessa reunião, as autoridades de Moscovo e da região circundante à capital anunciaram a extensão do confinamento até 31 de maio e tornaram obrigatório o uso de uma máscara em transportes públicos e no comércio, seguindo o mesmo exemplo a segunda maior cidade do país, São Petersburgo.
Várias outras regiões, incluindo as de Belgorod (centro), Magadan (leste da Sibéria) ou Iamal (Ártico russo), por sua vez, anunciaram uma flexibilização do confinamento a partir de terça-feira, permitindo, nomeadamente, passeios com crianças e reabertura de salões de beleza.
Entre as ex-Repúblicas soviéticas, a Ucrânia inicia um gradual decréscimo hoje com a reabertura de parques, museus, esplanadas de restaurantes e determinadas lojas.
A Geórgia, no Cáucaso, retoma a produção e as vendas nos setores grossistas e retalhista a partir de hoje, com exceção dos grandes centros comerciais e lojas de roupas.
O Cazaquistão, na Ásia Central, anunciou hoje o fim do estado de emergência imposto para lidar com a epidemia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.522) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (31.855 mortos, mais de 219 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.621 mortos, mais de 224 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.