O presidente em exercício da União Africana, o chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, defende que a suspensão dos pagamentos da dívida deve vigorar durante dois anos e não apenas até dezembro.
“Apesar de o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional terem apoiado uma suspensão dos pagamentos da dívida durante nove meses, nós acreditamos, devido à extensão dos danos previstos, que vamos precisar de uma suspensão durante dois anos”, disse o chefe de Estado durante uma reunião virtual com os líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
Na reunião, que decorreu com a presença dos presidentes de Angola e Moçambique, membros da região, o chefe de Estado da África do Sul passou em revista as medidas financeiras que foram tomadas nas últimas semanas e defendeu novamente a permissão de os Estados acederem aos Direitos Especiais de Saque (DES) do FMI, ou seja, às reservas financeiras do próprio Fundo.