O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, informou nesta sexta-feira, na habitual conferência de imprensa que serviu para actualizar os dados da covid-19 no país, que foram recolhidas 151 amostras no bairro Cassenda relacionados ao caso n.º 26.
Devido a progressão dos casos de contaminação local, e a possibilidade da descoberta de mais casos de transmissão local entre as 151 amostras recolhidas, o governante confessou que o país está agora numa fase mais complicada, reiterando a recomendação de que “convém ficar em casa”, porque “começa a ficar cada vez mais complicado”, e pediu à população para que cumpra as medidas de prevenção, incluindo o uso de máscaras e a lavagem das mãos.
“Começamos a ter um cenário complicado. Ainda são casos de transmissão local, mas vamos trabalhar cada vez mais, estamos a realizar estudos aleatórios em todas as províncias para ter uma imagem do que está a acontecer com a nossa população”, afirmou Franco Mufinda.
O caso n.º 31, um cidadão de 36 anos, comerciante, residente no bairro Hoji Ya Henda, que chegou a Luanda em 17 de março de 2020, tem 54 contactos diretos e 4 pessoas ligadas a ele foram diagnosticados com a doença.
O caso n.º 26, proveniente de Portugal em 18 de março, tem 32 contactos diretos, 11 resultados positivos e 21 negativos.
Na terça-feira, o distrito urbano do Futungo (município de Talatona) e o bairro Cassenda, distrito da Maianga, em Luanda, foram submetidos a uma “cerca sanitária extraordinária”, para conter a propagação da contaminação local do novo coronavírus (covid-19) nessas zonas.
De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, o “aperto” nas respectivas áreas visa impedir a entrada e saída de pessoas nessas circunscrições, que contam com um total de 11 casos positivos de contaminação local da covid-19.