A Amazon registou um lucro de 2.535 milhões de dólares (2.314 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal, menos 29% que em igual período do ano anterior, revelou hoje o gigante do comércio eletrónico norte-americano.
No primeiro trimestre do ano passado, a Amazon reportou um lucro de 3.561 milhões de dólares, refere a empresa em comunicado.
A faturação, no entanto, teve um acréscimo de 26% no período em análise, para 75.452 milhões de dólares, contra os 59.700 milhões observados no ano anterior, o que se deveu ao impulso que a pandemia da covid-19 teve no negócio.
O dividendo distribuído aos acionistas foi de 5,09 dólares por ação, contra 7,24 dólares por ação no mesmo trimestre do ano passado.
A queda no lucro da Amazon é justificada, apesar da faturação ter subido, pelo aumento substancial dos custos operacionais, nomeadamente os que estão relacionados com vendas, armazenamento, tecnologia e marketing.
A Amazon revelou ainda que não vai ter lucros no segundo trimestre do ano fiscal, pois vai gastar em testes e proteção para os seus trabalhadores, devido à pandemia do novo coronavírus, os cerca de 4.000 milhões dólares de lucro operacional previsto.
Esta decisão foi mal acolhida na bolsa de Nova Iorque, com o título a perder entre 4,5% e 5% no final do fecho da sessão.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (61.717) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).
Seguem-se Itália (27.967 mortos, mais de 205 mil casos), Reino Unido (26.711 mortos, mais de 171 mil casos), Espanha (24.543 mortos, mais de 213 mil casos) e França (24.087 mortos, mais de 167 mil casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.