O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou-se hoje confiante em poder anexar partes da Cisjordânia ocupada no próximo verão com o apoio dos Estados Unidos.
Numa mensagem gravada dirigida a apoiantes cristãos evangélicos de Israel, Netanyahu disse que o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para o Médio Oriente prevê a anexação de colonatos israelitas, bem como o estratégico vale do Jordão, que passará para o controlo de Israel.
“Daqui a alguns meses estou confiante de que essa promessa será honrada, que podemos celebrar outro momento histórico”, disse Benjamin Netanyahu.
A anexação dos colonatos israelitas e do Vale do Jordão foi proposta no plano de paz apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos em concertação com o primeiro-ministro israelita e rejeitado pelos palestinianos.
Os Estados Unidos são um forte aliado de Israel, e as relações reforçaram-se com a eleição de Donald Trump.
Todavia, o plano norte-americano invocado por Netanyahu não reconhece o direito de Israel a toda a Cisjordânia.
A mensagem de Netanyahu é divulgada a menos de uma semana da assinatura de um acordo em Israel para a formação de um governo de unidade nacional, entre Netanyahu e o centrista Beny Gantz, e que durante os próximos seis meses apena poderá tomar medidas relacionadas com a luta contra o novo coronavirus e a anexação de territórios na Cisjordânia.
Cerca de 400.000 colonos judeus vivem atualmente nos colonatos da Cisjordânia ocupada, território onde vivem cerca de 2,7 milhões de palestinianos.
A colonização da Cisjordânia ocupada e a anexação de Jerusalém Oritenal por Israel tem sido promovida por todos os governos israelitas desde 1967, mas foi acelerada nos últimos anos sob o impulso de Benjamin Netanyahu.