O sector dos transportes precisa de aproximadamente de 200 milhões de dólares para reduzir gastos e manter a sustentabilidade das empresas e os postos de trabalho, afirmou, nesta segunda-feira, em Luanda, o secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítima e Portuária, Carlos Borges.
Falando no final de um encontro com operadores do sector sobre o impacto económico do covid-19, o responsável avançou que cálculos preliminares, do ponto de vista de apoio a tesouraria nas empresas do sector, indicam a necessidade de um apoio do Estado para a manutenção dos postos de trabalho e sustentabilidades das empresa.
“O que queremos, na etapa seguinte, é que se faça a ligação com a banca comercial, porque este dinheiro tem que vir do mercado e estamos a tentar assegurar esta ponte e a comunicação com os diferentes agentes do mercado”, reforçou.
Adiantou, no entanto, que o estudo indica que nos próximos seis ou nove meses as empresas do sector poderão recuperar parte substantiva das perdas, frisando, no entanto, que a perca de receitas pode ascender entre 40 ou 50% em Dezembro.
Por sua vez, Francisco Paciente, presidente da Nova Aliança dos Taxista, frisou que a principal inquietação dos associados está ligada a má interpretação feita pelos agentes da polícia nacional sobre o Estado de Emergência.
“ Estamos a ser ainda mais prejudicados nesta etapa, porque algumas administrações municipais estão a exagerar nas suas medidas, tal como a polícia. Até à presente data foram apreendidas mais de 200 viaturas dos nosso filiados” afirmou.
Francisco Paciente disse ter recebido do Ministro dos Transportes a garantia de abordar, nas próximas horas, os outros parceiros da Comissão Interministerial de Combate à Covid-19 para se ultrapassar tal situação.
Durante o encontro orientado pelo titular da pasta, Ricardo de Abreu, foi diagnosticado o estado actual dos transportes aéreos, ferroviário, rodoviário e marítimo.
Angop