Cento e 55 pessoas morreram vítimas de malária, no município de Caconda, província da Huíla, durante o primeiro semestre do ano em curso, num universo de 20 mil e 932 casos diagnosticados.
Trata-se de um aumento de 132 mortes, comparativamente a igual período do ano de 2019.
Segundo o supervisor municipal de luta contra a malária, José Clementino João, o aumento deve-se ao facto das vítimas recorrer tardiamente às unidades sanitárias.
Em declarações à Angop, José Clementino João referiu que a primeira opção dos doentes tem sido o tratamento tradicional e só quando a situação se agrava é recorrem às unidades sanitárias.
Para fazer face à situação, disse que têm sido feitas campanhas de sensibilização para dissuadir os cidadãos de essa prática, no entanto, sublinhou, as referidas campanhas registam uma paralisação, condicionadas pela progressão da Covid-19”.
José João alertou que a rede sanitária se encontra sob “rotura total”, sem testes rápidos para a malária e com falta de anti-palúdicos.
O município de Caconda dista a 236 quilómetros da sede capital da província da Huíla e tem uma população de 201 mil e 414 habitantes.